Os Emberá - Wounaan
No Panamá, é muito fácil visitar uma comunidade indígena, conhecer suas crenças e compartilhar uma refeição tradicional. Dos 3,5 milhões de habitantes do país, 12% identificam-se como membros de um dos grupos étnicos nativos: Guna, Ngäbe-Buglé, Teribe, Bokota, Emberá-Wounaan e Bri-Bri, e alguns deles vivem muito próximo à cidade.
Por exemplo, o povo Emberá sempre viveu na floresta tropical de Darién, onde seu atual território tem cerca de 12 mil habitantes. A partir de meados do século XX, alguns Emberás emigraram para a vertente do Canal do Panamá e estabeleceram aldeias ao longo do rio Chagres (Parará Puru, Emberá Drua, Tusípono Emberá e Ella Puro) e às margens do Lago Gatún (Emberá Quera).
Embora residam perto da capital, os Emberás na vertente do Canal mantiveram seu idioma, canções e danças e, acima de tudo, o respeito pela natureza. No entanto, ao se mudarem da floresta tropical para um território protegido, eles precisaram encontrar uma nova forma de se manter autossuficientes. Agora, a maior parte de sua renda vem do turismo.
Os Emberás são imbuídos de um profundo respeito pelos rios e pelas florestas, porque acreditam que tudo na natureza tem um espírito. Essas comunidades tecem com habilidade cestos usando folhas de chunga (palmeira negra) e esculpem estátuas e miniaturas a madeira de cocobolo e sementes de tagua (palmeira de marfim).
Visitar uma aldeia Emberá é ter a oportunidade de conversar com os líderes da comunidade, conhecer seu modo de vida, suas casas tradicionais e como eles veem o mundo, participar de suas danças e apreciar seu artesanato. Experimente a pintura corporal ou uma tatuagem temporária feita com jagua!
Os guias locais também levarão você pela paisagem exuberante da vertente do Canal. Percorra trilhas, mergulhe nas águas transparentes dos rios e veja cachoeiras maravilhosas.